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Olga Martinez

Com o que você gastou seu tempo hoje?

Quando você acorda, o que sente? Qual o primeiro pensamento? E ação? E quando você coloca a cabeça no travesseiro, com o que sonha? Seus sonhos estão alinhados a sua rotina?


Essas perguntas, um tanto adaptadas, claro, podem ser feitas para produtos e organizações. E então, a partir de respostas sinceras, podemos entrar em uma jornada interessante com potencial de verdadeira inovação.


Na condução da Amélie, temos nos encontrado com pessoas, produtos e organizações que desejam a mudança, o novo. Que sonham existir diferentes, ser enxergados de forma nova pelo todo, mais amados, mais desejados, mais admirados, mais consumidos. Porém, essas mesmas pessoas, produtos ou organizações pegam-se, no pulo, agindo no dia-a-dia exatamente como fizeram em todo o caminho que os trouxeram até aqui.


O “aqui”, nesses casos, é um lugar de insatisfação, já que há o desejo de mudança.


Nosso papel de aconselhamento muitas vezes é incômodo, pois ao desejarmos ver emergir o novo com toda a potência de um propósito, precisamos ajudar quem está nessa caminhada a enxergar “detalhes” que podem fazer toda diferença e que os levaram até onde estão.


Um exemplo simples: com o que você gastou seu tempo hoje? A resposta para essa pergunta contém seu futuro. As mudanças acontecem a partir de ações reais e concretas na vida. Não basta apenas sonhar e “deixar a vida levar”.


E ao longo dos últimos anos, aprendemos sobre isso em nossas próprias peles.


*


Ao conversar com pessoas e organizações desejosos de mudança, inevitavelmente, lembro de capítulos da minha vida nos quais senti a mesma vontade.


E aqui quero convidar você para um mergulho nessa vontade.


Acredito muito em agir a partir dos sentidos, de forma visceral. “Ah, mas isso não combina com as organizações”, fomos doutrinados a pensar. Eu ouso dizer que, pode não combinar com o que dizem das organizações, mas com certeza combina com a vida que seu corpo te conta que quer viver.


E aqui vale um parênteses: quem é você e onde você trabalha são coisas diferentes! Ao amadurecermos, precisamos cada vez mais nos entender e ser quem somos. Onde trabalhamos deverá ser consequência dessa premissa.



Tá certo, tudo isso pode parecer rebeldia e eu confesso que é mesmo. Mas por que deveríamos agir sem essa rebeldia? Ao longo de minha trajetória, fui convidada a pensar sempre que o que eu desejava era impossível para mim.


Frases como “quem é de finanças não pode trabalhar em estratégia”, “quem é de estratégia não sabe criar para o marketing” e “quem é do marketing não cria, mas contrata quem cria” me foram ditas muitas e muitas vezes. Pois eu iniciei minha carreira em Finanças, mudei para os departamentos estratégicos e depois para o Marketing, onde sentava com os criativos das agências para criar juntos.


Ah, escutei também, quando declarei meu desejo de assumir a gerência geral de uma empresa: “Será que mulheres dão certo na gerência geral?”. Pasme.


Para todas essas dúvidas levantadas pelo ambiente, respondi com o desejo que sempre tive de ter uma vida com graça. Todos meus desejos sempre estiveram alinhados com a vontade que eu tenho de experimentar minhas potencialidades desconhecidas, eventualmente, até por mim.


Esse jeito “rebelde” sempre me encheu de empolgação para os projetos e, quem trabalha em time sabe, tudo o que precisamos em uma equipe de trabalho é ao menos uma pessoa empolgada com o projeto. Essa sempre fui eu J


Seguindo assim, sem fazer pacto com ninguém, mas em ressonância com o que eu sinto, vou trilhando uma vida singular como é a minha e a sua. Sei que não haverá outra Olga Martinez por aí. Assim como não há nem haverá outra/o você.


Que a gente possa seguir assim, sem desconfiar do que se sente, forjando o futuro com aquilo de desejamos, sem pudor. Vamos?




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